sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sempre...


Eu que passei em apuros
Deitei no coito, fiz de toda alma
Alguém que havia se esquecido quem era.
Alegria nos instantes, mas felicidade plena, tardia.

Jogado aos prantos...
Sentindo aquele estranho aperto no peito,
Que se fizeram inumeras vezes...

Eis que eu sentia,
Mas não entendia o proposito desta dor tão facil.
Todas as luzes noturnas são testemunha
Mas elas não falam... Assim prefiro.

Tudo o que aprendi
Vou separando e escolhendo o que é seguro
O que não vai te afastar de mim... Não mais

O meu cordial coração ainda sabe
Ainda reconhece os caminhos do corpo que leva n'alma
E nos teus olhos eu sei quem sou...

Ninguem vai levar-te pra tão longe
Se aqui eu, cego nem percebi que perto estava.
Você meu tudo que sempre faltou...
Eu me andei perdido em quem nunca soube quem realmente sou...
E você sempre soube...
Sempre...

Ocitocina


Eis que, de mim, pulsa sangue
Corre rápido que desembaraça
O pêndulo adormecido que só pensar
Ergue-se viril ao desejo de minha amada dama
Nas noites que despencam
Nascem os dias com meu falo atento
Que põe-se novamente latente ao libido.
Não limito meus devaneios
Deixo-os aflorar criando fantasias
E na tua cor que, de cheiro e sabor,
És única a saciar minha sede
Que faz meu corpo flutuar
Oh, Mulher! Que do poder és tão dona de si
Faz que joga feitiço, que tão só carregou por mim
Despejastes os teus sonhos
Aqueles que tua flor cálida latente chorava
Desejo drenar, sugar o que sempre atoa emergia
Nem sabes da profundidade que arrancou-me o desespero
A dor destas línguas que nada sabem dizer
Apenas roubar de nós o que não os pertencem
Eu, que te amo sem saber
Salvo com um beijo teu
Tão próximo ao amanhecer
Quem disse que dormir eu queria
Apenas prolongar a sensação
E gozar o que inocente eu sentia
Pois bem, amada minha
Sou teu.
Teu quando deitada com outro alguém
Ainda sonhava, acordando com um porquê
Teu. Quando nunca deixou de pensar
Em noites a devanear e nos dias tortuosos
Cultivando apenas a lembrança do que é real
Teu. Salvadora Dama Venusiana.
Que fez criar asas em meu coração
Que voa tranquilo em saber de sua existência
Tão perto de minha alma.

Miragem Literlugica


Sim!
No silêncio eu posso ouvir
No caminhar felino charmoso mortal
O meu fim para um começo florescer
De toda abundancia que escapa quando lhe vejo
Sutis movimentos podem fazer notas soarem
O som de violoncelo no contra-tempo do vento que me leva para longe
Meus olhos castanhos esverdeado abraçam te cuidadosamente
Para não desafinar unzinho se quer os traços que te compõe harmoniosa
Observando-te sem deixar os pensamentos evasivos destorçam a quase miragem
o tamanho mediano foi se afastando, pena que do lado de onde eu estava não pude sentir o perfume, sorte mesmo é do vento que rouba tão mesquinho só pra ele.

Esta voz de forte intelecto aguça o meu querer saber
Das vibrações de ouvi-la e sentir o teu hálito
Observar-te os poros, os fios que em cascatas escorrem sobre teu rosto.
Desenhar-te em meus pensamentos e deixar que eu seja invadido...
Sim! Pois, sei que posso preencher estes suspiros desentendidos e incompreendidos
Sim! Pois há tantos em mim...
Dos leves apertos...Aqueles que sem nome insiste em despertar arrancando tranqüilidade
Sim! Pois arranca me inteiramente.
Tenho dentro de mim um pedaço perdido que aponta a próxima direção...
Tenho dentro de mim algo que fez a inspiração haurir novamente.
Então despejo o que faz me sentir...
Oh não! Não se assuste ó bela minha...Justamente estou a lhe agradecer, pois do momento que lhe vi passar, abriu uma nova fenda aonde eu posso respirar tranqüilo...Pois ainda sinto...Ainda tenho sentidos vividos, que de dentro de mim despertou.

No vazio


No vazio existe o silêncio
Que desabilita a fala, o sentido e a emoção
No vazio as cicatrizes coçam
No vazio, o que é inexploravel, é vitima desta garganta profunda
Arvores secas, escuridão, água turva
Um poste estacionado, fincado na incerteza
Uma bomba que devasta roubando luz
Um hospedeiro parasita...

Hino de Piratas

O que temos em nossos móveis
Do que cinzas ocultas do caos
Pairando em silêncio em nosso nariz
Sorrindo na beira do mar de lágrimas
Enquanto em travasseiro macio dormindo os sonhos tranqüilos
O árido gelo consome minh'alma por não ter em mãos o antídoto
para a minha ignorncia de acordar na ilusão.

A realidade é o remédio da distração onde esfrego os meus olhos tirando o ofuscamento das moscas que se suicidam em minhas retinas.
Quero enchergar!
E na temporaniedade vou tentando me adptar dia após dia.

Vejamos então, esta nossa grande barriga que empurra tudo aquilo o que não vemos e, por arrogância e por falta de humildade, não mudamos. Pois ninguém encherga, ninguém explora o que no íntimo se encontra e lambusando na carcaça da vaidade vão se perdendo a inteligência, o raciocínio no redemoinho do final, ao final, uno aos finalistas da fila desta procissão animalesca.

Covardes, racistas, assassinos.
Brindamos o veneno que nos vicia a sermos cegos?
Brindamos a ignorância e cantamos hino de piratas...
Eis os governantes, eis os diplomatas que no ódio contaminam o próprio ar de seus filhos. E tanto desamor é por serem fadados ao vazio que os levam a morte certa!

Os batimentos sinérgicos

Os batimentos sinérgicos
Corre sem fim, passa feito uma navalha fria cousas que nada compreendo.
O vento vazio no crepúsculo de um Tristão amordaçado nas sensações.
Minha angústia se aprofunda no cavo deste abismo que engole seco.
Já não tenho como naufragar nas lágrimas, já não me tem câimbras.
É assim que me querias?
Não há conforto quando o corpo reclama em cada posição ao se deitar.
No que adiantas mostrar-me caminhos decorados?
O que me adiantas atrasar relógio se o tempo não tem pena de quem não se lembra que tempo realmente estou!
Oh quanta existência perambulando em meus sonhos noite após noite;
Veja! Sem numeras vezes meu corpo cair no cadafalso do desconhecido.
Será isso, será quiloutro?
Já não me entendo de muitas cousas.
Veja elas, magestosas mentiras, embriagadas, estufadas de meus batimentos tão sinceros...
Quanto pesa as minhas palavras na balança do seu entender...
Pesa-te-ei, pois assim talvez eu não esteja caindo na loucura, que deste mundo nem tudo é ilusão.
Diga que não! Digas que não!
Pois, recolhe-me a mão do crer...

Meu caro doce silêncio

Meu caro doce silêncio.

Tantas sensações que não cabe no tempo
O passado anda esgueirado no presente
E o futuro no aguarde do escarrilhado incerto

Bebendo o seu cheiro e respirando a saliva
Este que é o gosto do amar, desconcertado sem nomeclatura.
Acariciando a alma no silêncio dos olhos no seu intimo olhar

Jogo as flores no balançar dos quadris que não sabem a sensação que me dá
Arrepio esse que nem frio faz igual quando sou tocado
E é assim que gosto, sem que imagine o meu modo de sentir.
E nisso faz-me único no pequeno momento felicidade platônica
Sem que tema, sem que me confunda, sem saber como rodam as minhas engrenagens.

Abraços, abraços, mas quais são os braços que completam a extensão que falta pra que não se sinta só aquele que nínguem alcansa?