terça-feira, 26 de abril de 2011

(...)

Ínfimos... Até quando?


O teu pior misturado em melhores embrulhos
O beijo roubado molhado no teu seco segundo
Na língua travada perdendo todo o sentido
E num rápido olhar atira se para onde se a segura longe
Eu, com o meu gaguejar ecoando sem palavra
Pois na atitude sem pensar fiquei sem o teu gosto
Untado no fel no meu paladar distante do mel
Deste corpo carregado que meus olhos se encharcam
De ver a beleza que ferro rubro em minha pele marca, e os meus impulsos latejam mirando os poros teus...
Como desejo me adentrar em cada um deles  
Quero me entorpecer, mas não há remédio para estas coisas
Que o coração transmite como doença sanguínea rara.
Dois juntos separados; um no ínfimo pódio de sentimento e outro no ínfimo sentir racional.

(...) 

E ainda em mim, brilha os meus olhos no marfim do sorriso teu e junto a ti vou amarelando em tragos que suspiro junto à nicotina, os teus dentes largos, os teus lábios grandes e carnudos...

Ahhhh... Barabi bariba...

Vamos desdenhar a vida para não nos frustrar!
Vamos poetizar o feio, pois quem sabe o lindo deixe de ser de uma escolha clichê!

Tu causas convulsões que agita o corpo meu e faz arder sem que eu tenha saída do teu incêndio em mim.
Estou derretendo e escorrendo, vou murchando languescendo, mas quando o teu cheiro toca ao olfato algo afrodisíaco fisga o falo que rija novamente.
Isto é vida, isto é!
Agora, o meu fogo anda procurando o teu combustível vital. Quero fazer explodir este corpo carregado de medo e anseios, de duvidas e bloqueios que sempre finda a esconder o meu bem querer.
Exploda... Sim, exploda! Mesmo não em mim, chega de egocentrismo de amar apenas os dedos teus, exploda livre alegoricamente sem pudor e não disfarce, pois estarás sempre enganando a si mesmo. Exploda e deixe me banhar nas gotículas que cairão do céu de seu verdadeiro orgasmo, de sua alegria de seu contentamento encharcando e sufocando em satisfazer, preenchendo tudo que lhe foi um dia arrancado de sua flor inocente que desflorada foi se a um zangão vil.

Deixe me beijar, deixe me massagear o teu mundo de prazer através de minha boca, o portal de onde nasce o canto, os gemidos meus que vibra em você, melando escorregando minhas orelhas e bochechas, nas paredes de suas pernas suadas que são dobradiças, que me convidam a dançar nestes involuntários movimentos, que segura apertando e relaxando cariciando o topo de minha cabeça, pois sabes que não sou aquele zangão... Nunca hei de ser. Pois amo ser quem ama a si mesmo que dos olhos lançam a verdade de estar feliz... Ama-te, e deixe a tua alma projetar em seu corpo o teu amor em mim o amor descarregado sem fim.
Faça em mim o teu amor nascer, tenha fé em meu coração, pois ele é real, vinde e vede, ele é quem comanda os meus movimentos, minha excitação que ergue em sua direção, rígido, firme e confiante, a uma só pessoa, merecedora de minha verdade, do todo que há em mim.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Monólogo engavetado







Quanta merda pisaremos até que se torne sorte?