quarta-feira, 14 de julho de 2010

Radiohead - Arpeggi

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Descontentamento de descobrir as farsas do mundo.


Eis que meço o tempo e durante em meu observar distante
Enxergo o meu horizonte amor, distorcido, quase invisível.

A ‘sperança tarda, não me vejo apaixonado, não como antes.
E doutro lado da porta, vejo a minha pequena fenda quase selada.


O atrofiamento encolhido, murcho de meus pesares que se vai escondido.
Espreito já calado sem som no peito, apenas um vácuo ruidoso
O ultimo pigarro do penúltimo cigarro fumado
Toda a causa nasce forte, pois a minha fraqueza são estes doces deletérios.
Ah, como pesa ser tão humanizado nos subterfúgios que me iludi.
Ta... Eu sei que sou fraco, um fiasco como em outrora citado.
Mas quem aqui não?
Pode rir, pode zombar do que aqui escrevo, pois assim nos faz iguais, não é?
Deixe-me disfarçar no que agradas enquanto vejo as mariposas rodopiantes nestas luzes (...).
Enquanto isso vai-se sobre o chão os cadáveres exaustos conformados.
Tanta balburdia para tão pouca troca de verdade.
Quem dera se assim o fizesse, arrancaria o muco venoso e o mau hálito das palavras nestas bocas sensuais falantes.
Dançaríamos nus de qualquer estranhamento destas cores, destas dores (...).
Pois te guardo aqui atado no cordão umbilical espectral todas as coisas que não nasceram ainda em mim.

Descontentamento de descobrir as farsas do mundo.