sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ocitocina


Eis que, de mim, pulsa sangue
Corre rápido que desembaraça
O pêndulo adormecido que só pensar
Ergue-se viril ao desejo de minha amada dama
Nas noites que despencam
Nascem os dias com meu falo atento
Que põe-se novamente latente ao libido.
Não limito meus devaneios
Deixo-os aflorar criando fantasias
E na tua cor que, de cheiro e sabor,
És única a saciar minha sede
Que faz meu corpo flutuar
Oh, Mulher! Que do poder és tão dona de si
Faz que joga feitiço, que tão só carregou por mim
Despejastes os teus sonhos
Aqueles que tua flor cálida latente chorava
Desejo drenar, sugar o que sempre atoa emergia
Nem sabes da profundidade que arrancou-me o desespero
A dor destas línguas que nada sabem dizer
Apenas roubar de nós o que não os pertencem
Eu, que te amo sem saber
Salvo com um beijo teu
Tão próximo ao amanhecer
Quem disse que dormir eu queria
Apenas prolongar a sensação
E gozar o que inocente eu sentia
Pois bem, amada minha
Sou teu.
Teu quando deitada com outro alguém
Ainda sonhava, acordando com um porquê
Teu. Quando nunca deixou de pensar
Em noites a devanear e nos dias tortuosos
Cultivando apenas a lembrança do que é real
Teu. Salvadora Dama Venusiana.
Que fez criar asas em meu coração
Que voa tranquilo em saber de sua existência
Tão perto de minha alma.

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