terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Engavetando um monólogo


Engavetando um monólogo

Enquanto aqui aparo as arestas de meus devaneios perturbadores
Fico pensando se não és um colecionador...
Que pega cada deslize meu e faz de espetáculo para os olhos do mundo
Pois...
Não vejo os holofotes quando as minhas lagrimas caem
Não escuto musica quando me estrebucho no chão
Não vejo beleza quando num monologo sorrio para este drama

Passa o tempo e vejo que coleciona tudo aquilo que não tens
Sente necessidade e vai pulando de galho em galho
Até que um destes quebra e lhe deixa sem morada.
Quando os olhos lembram-se dos prantos, em soluço te encharcas em desespero.
Eu faço que tento, e acho graça, para não deixar que arda em mim o asco de ser mais um...

Pois por enquanto não há como sentir outra coisa, se não, um souvenir no altar de lembranças empoeradas do que sempre falta.

Por que, porque, por que...
...?

...Abram-se as gavetas destes seres...
...Abram as gavetas...

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