quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Adorna-te em mim

Blusa, camiseta, soutien
Calça , short, saia, vestido
Calcinha ...


Cadarso, laço, sapato
Chinelo, tamanco, descalça


Cada peça que compõe
Que embeleza a silhueta
Nos movimentos.. Ah o seu caminhar...
Com tudo posto só para esconder toda a formosura
De veludo a pele é alva e fresca


De suor muda o tom avermelha e sabor
Ah, o cheiro, o teu doce excitante cheiro
Onde a imaginação adorna
preenchendo o corpo teu
De caricias de esfregões onde
roupa sou e tu o meu véu.


Teu cabelo de movimento
se enrosca e prende o cheiro em mim
Visto-te nua amando sem fim.
Admirando o teu desconsertar que transforma a ilusão em si numa forma real, num sentido somente teu que dá uma rara propriedade para as cousas simples.


Sou quem agora faço e me desperto em toda a sua admirável beleza, faço que enxergue este meu fascínio que é todo seu.
Sou quem mora nos cantos a observar e calado derreto-me apaixonado e temoroso em fronte a ti, lembro-me encantado perdendo o rumo de meus olhos em cada curva deste corpito.
Deixo aqui o claro feito a luz do dia que os meus galanteios não são para lhe fazer de escrava e sim livre aos braços meus como a mulher mais feliz dentre as outras.


Moro dentro da verdade em meu sentir, faço que liberto o que em mim deveras não cabe.
Então adorna-te em alma carnemim, vista-me nua.

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