quinta-feira, 11 de abril de 2013

Baixo Centro poético


Minhas pernas no cruzamento entre as avenidas e ruas
Tão calçado de pedestre tiro as pedras dos sapatos e ando descalço, pois quero hoje andar despreocupado.
Já cambalhotei por aqui tantos sentimentos, já deixei escorrer lágrimas e gargalhadas.
Pinto-me das cores transparentes de toda a cultura morada em mim. Saúdo nas línguas, tento aprender todas elas, como forma de respeito a todos que aqui habitam.
Experimento olhar nos olhos daqueles que sentem saudade da terra de onde vieram.
Enxugo prantos e brindo a união de todos os povos e expludo a bomba construtora da paz.
Danço desajeitado o novo dia, descanso o passado dando fôlego ao presente.
Acendo apagando mirando bituca brindo em poder viver e ver-te amigo subindo descendo as Augustas.
 Beijo o afago ativo pulsante do amor que entregue sem medo a ti lhe convido ao compartilhamento das maravilhas mundanas dos seres vivos Exibo os meus defeitos na talhadeira do seu importar em me lapidar sem tirar nada do meu bruto protegido coração.
 Olhando os carros pra cima e pra baixo vejo informações silenciosas, dentro de cada um pensante no volante ou nos guidões de pedalas e no acelero dos motociclistas.
 Temos que fazer o nosso caminho sem atropelar os pequenos detalhes preciosos que muitas vezes acenam para serem vistos.
 A cortesia, o cavalheirismo, pois somos responsáveis pelo o meio onde vivemos.
 A chuva matando a sede da terra escondida cimentada, afogando metros e metros junto ao lixo que entope.
 Oh recolho os teus que também são meus resíduos e deixo livre o caldo grosso de acinzado escuro escorrer nas profundezas.
 É tão belo o organizado campo, tão limpo sem saneamento e nós escravizados pelo o comodismo entupidos de tanto lixo.
 Mas assim varrendo e recolhendo, organizamos uma pausa para observar que no meio onde vivemos, podemos sim melhorar.
 Não só mascarar, pintando a poluição a curto prazo, mas incentivar velhos, novos, futuros hábitos para uma nova era real...

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