Tinto vinho literário
Toma-te o que lhe escrevo
E convide minhas palavras
A um canto seguro em teus seios.
Que ultrapasse as fendas, deslizando sereno alojando-se no peito.
E dormindo tranqüilo no coração que sente.
E que não se desampare o que aqui sinto.
Transita em mim os meus sinceros galanteios
Despejados no teu caminhar sorrateiro
Maravilhado por tua simples beleza nua
Que de sorriso desperta alegria aos meus sonhos.
O que sou entenderá sem tanta pesquisa
Pois me leia corpo e alma e saberá que é disto que sou feito
O que pulsa aqui é a sinceridade de estar ao lado de quem queira um amor para toda vida.
Quantos mares velejando desalentos e martírios
Solitário e langoroso foram os mil os desencantos
Quantos ósculos dado que do meu doce só me deixaram o fel
Meus suspiros haurindo a saudade brotando o desejo de sentir o toque real
Que faça pulsar de mim a esperança e momentos de felicidade
Eis o que desejo quando tomar a ler o que aqui escrevo.
Beba-me o envelhecido tinto vinho literário.